Intelectuais e autoridades da educação se reúnem para discutir o projeto do nono volume da coleção História Geral da África

A abertura do Comitê Científico Internacional foi realizada nesta quinta-feira (21) na Costa do Sauípe, Bahia, durante o Encontro África e Diáspora Africana (EADA 2013). O evento é uma iniciativa da UNESCO em parceria com o MEC para lançar o projeto do nono volume da coleção História Geral da África (HGA)

O representante da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Albino Ernesto Poli Junior, abriu a reunião reafirmando o forte apoio que o governobrasileirotem mantido a essa iniciativa.

O governo Lula deu uma guinada nas relações externas do país priorizando a África. Desde que foi eleita, a presidenta Dilma Roussefftem dado continuidade a essas políticas e, prova disso é o lançamento do projeto do nono volume da HGA.

Aproveitando a semana nacional da consciência negra e comemorando os dez anos da Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas do país, o secretário Albino ressaltou que também é necessário celebrar as décadas que estão por vir, mas alerta que isso não é suficiente.

"É necessário que haja outras políticas públicas que contribuam para o estreitamento das relações entre África e Brasil, não apenas para o âmbito da educação, mas também para a promoção da igualdade racial”, afirmou ele.

Desafios

Após a apresentação do projeto e dos membros do comitê, Ali MoussaIye, do setor História e Memória para o Diálogo da UNESCO, tomou a palavra para expor os desafios que o projeto enfrentará.

“Os principais desafios são, em primeiro lugar, pedagógicos, para que haja abrangência e unidade de conteúdo tanto na África quanto no Brasil, e políticos, pois nem todos os governos africanos aderiram aos volumes da HGA”. Para isso, Ali frisou a importância da cooperação dos artistas e jornalistas, que influenciam diretamente as crianças, além da escola.

Após a apresentação dos desafios e a definição dos critérios estruturais do projeto, o comitê se reunirá em seis meses para avaliar o trabalho já feito.

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